Motivações e Características Determinantes A Floresta Laurissilva, cuja origem remonta ao Terciário e que se estendeu em tempos por vastas regiões do Continente Europeu, diminuiu drasticamente a sua área de ocorrência durante as últimas glaciações. Actualmente encontra-se limitada a alguns arquipélagos do Atlântico Norte, onde a acção moderadora do oceano permitiu a sua sobrevivência. Na Ilha da Madeira, ocupada pelo Homem desde há cinco séculos, foi possivel preservar uma zona considerável de floresta laurissilva, sobretudo em áreas de dificil acesso. Esta zona é actualmente considerada a maior mancha contínua do Mundo deste tipo de floresta, tanto pela sua representação em termos de diversidade de espécies como do respectivo estado de conservação. Trata-se de uma floresta higrófila, bem desenvolvida, onde estão presentes todos os estratos característicos deste tipo de formação. A nivel da fauna, esta floresta constitui o habitat por excelência de Columba trocaz (pombo trocaz), sendo sobretudo rica no campo da entomofauna e dos moluscos, onde existem inúmeras espécies endémicas e ameaçadas, algumas delas ainda insuficientemente estudadas. Quanto à flora, de destacar a presença de várias espécies raras e mesmo ameaçadas de extinção como Pittosporum coriaceum, Juniperus cedrus e Taxus baccata. É no entanto ao nivel do estrato herbáceo inferior que se encontra a maior parte dos endemismos da Reserva, nomeadamente Goodyera macrophylla e Deschampsia argentea.
Vulnerabilidade
- O número crescente de turistas que procuram os espaços naturais poderá constituir um problema, não só se os níveis de capacidade de carga forem ultrapassados mas também pelo tráfico ilegal de plantas a que algumas vezes está associado.
- A caça furtiva constitui outro tipo de preocupação.
- A prática de pastoreio (cabras e ovelhas) em regime livre, embora tenha vindo a sofrer uma redução, é, contudo, o maior problema, impedindo a regeneração natural da vegetação, provocando a erosão acelerada do solo e sendo ainda a motivação directa dos fogos em zonas de floresta secundária.
- Por outro lado, a abertura de estradas em zonas sensíveis constitui, por vezes, um factor de desiquilíbrio deste ecossistema.
- A benignidade do clima da madeira permite a aclimatação de numerosas espécies introduzidas, casual ou intencionalmente, algumas das quais estão já a exigir dispendiosas medidas directas de erradicação (ex: Hedychium gardneranum).
1 comentário:
não li todo o teu post, mas só queria deixar um comentário, troco a BIANCA o PIPOCAS e o Canário em troca do teu Bolinhas, hehehehe
tô na brinca....lol
Até Domingo ....
Jójó
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