quarta-feira, julho 25, 2007

Laurissilva - Dragoeiro (Flora)

Nome vulgar: Dragoeiro.

Nome científico: Dracaena draco (L.) L.

Família: Dracaenaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Dragoeiros com algumas centenas de anos, e no seu estado natural, podem ser observados no Núcleo de Dragoeiros das Neves, em São Gonçalo e na Ribeira Brava.

Descrição: Planta que se desenvolve muito devagar, demora cerca de 10 anos a atingir 2 a 3 m. Pode atingir os 15 m de altura, com caule castanho-acinzentado e ramos separados que originam uma coroa multi-dividida. As folhas são compridas e os frutos são bagas que se tornam alaranjadas quando maduras.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Segundo a The IUCN Red List of Threatened Species, o dragoeiro é uma espécie vulnerável, ou seja, embora não se encontre em perigo iminente, enfrenta sérios riscos de extinção, no seu habitat natural.

Observações: A seiva avermelhada do dragoeiro, denominada sangue de drago, foi em tempos utilizada em tinturaria e na medicina caseira para o alívio de dores. Época de floração de Agosto a Outubro.

sexta-feira, julho 20, 2007

Nascidos antes de 1986


De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças", ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentose depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos PlayStation, X Box.

Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.

Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!

Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos.

Acreditem ou não íamos a pé para a escola; Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.

Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles?

Parabéns!

quinta-feira, julho 19, 2007

Faltas dos professores

PROCEDIMENTOS ADOPTADOS A PARTIR DE HOJE NAS ESCOLAS.
DOENÇA: Estar doente não é desculpa para não vir trabalhar. Nem um atestado médico é uma garantia de estar doente, pois se estava em condições de visitar um médico também podia ter vindo trabalhar.
MORTE NA FAMÍLIA: Não tem desculpa. Não visitou quando estava vivo. Pelo morto não pode fazer mais nada, e os preparativos para o enterro podem ser feitos por outra pessoa. Se conseguir marcar o enterro para o fim da tarde, a escola deixa-o, de boa vontade, sair meia hora mais cedo (isto se o trabalho estiver pronto...).
BODAS DE PRATA/OURO: Para uma festa deste tipo não damos dias livres. Se estiver casado há 25 ou 50 anos com a mesma pessoa, fique feliz em poder vir trabalhar.
NASCIMENTO DE UM FILHO: Por um erro desse tamanho não damos dias livres aos nossos trabalhadores (o erro foi seu). E, além disso, você já teve o seu divertimento.
ANIVERSÁRIO: O facto de ter nascido não quer dizer que o tenha merecido. Por isso não damos o dia!
CIRURGIAS: Cirurgias nos nossos funcionários são proibidas, pois nós contratámo-los como eles eram. A extracção ou substituição de órgãos é contra o contrato de trabalho.
MORTE PRÓPRIA: Aqui pode contar com a nossa compreensão, se:
1 - informar duas semanas antes do acontecimento, para arranjarmos outra pessoa que faça o seu trabalho;
2 - enviar um atestado com a sua assinatura e a do médico relatando a causa da morte (senão serão descontados dias de férias);
3 - telefonar até ás 8 horas da manhã para dizer que morreu de noite.
Grato, e um bom dia...E, claro, pode voltar a trabalhar porque já perdeu 3 minutos a ler este e-mail!

COMO NASCE UM PARADIGMA - vale a pena ler!

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.
Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza que a resposta seria:



" Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... "


Não deves perder a oportunidade de passar esta história para os teus amigos, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem (ou não fazem) ...
"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO" (Albert Einstein)

terça-feira, julho 10, 2007

Só para quem tem 7 vidas!

O único ser humano que lembro-me de agir como este felino era o MacGyver!

Madeirensis profundis


Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilão quando ouviu uma

zoada. Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha

mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas

com bizalho. Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do

vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O

vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para

lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou

todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma ressonda por ele querer

malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o

vassola, que anda à gosma e a encher o pampulho à custa dos

outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e

diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que

ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe

uma rabanada e foi embora todo esfrancelhado. O

levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a

levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um

mamulhão. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por

ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que era uma água

mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele

não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da

chorrica foi curar do bicho virado e do olhado. O busico

arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.


...e assim se fala em bom madeirense!!!

domingo, julho 08, 2007

Laurissilva - Loureiro (Flora)

Nome vulgar: Loureiro.
Nome científico: Laurus azorica (Seub.) Franco
Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande versatibilidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente.

Descrição: Pode atingir 20 m de altura, possui copa densa, folhas verde escuras, com brilho e de forma variável, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras e as suas flores são amarelas. Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas. Época de Fevereiro a Abril.

sábado, julho 07, 2007

Exame Nacional de Geologia - 1ª fase

Após espera nervosa, já se os resultados da 1ª fase dos exames nacionais do 12.º ano de escolaridade.
Este post tem como objectivo dar os parabéns aos meus alunos de Geologia, pois obtiveram 87,5% de classificações positivas no exame nacional.
A média de positivas situou-se 46,8% a nível da Região Autónoma da Madeira.
Com este resultado, tenho o dever de congratular a dedicação que os meus alunos dedicaram à disciplina de Geologia.
...agora, vai ser só a "partir calhaus" por aí!

...desta vez parece que não falseou nada! (privat joke)

terça-feira, julho 03, 2007

Laurissilva - Massaroco (Flora)

Nome vulgar: Massaroco.
Nome científico: Echium candicans L. fil.
Família: Boraginaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira. Encontra-se nas escarpas rochosas da zona montanhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os 800 e os 1700 m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana.

Descrição: Arbusto que pode atingir 2 m de altura, ramificado, com folhas verde acinzentado e inflorescências densas e alongadas com tamanhos que podem ir dos 15 aos 35 cm, com flores azul escuro.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Época de floração de Abril a Agosto.