terça-feira, julho 10, 2007

Madeirensis profundis


Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilão quando ouviu uma

zoada. Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha

mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas

com bizalho. Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do

vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O

vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para

lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou

todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma ressonda por ele querer

malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o

vassola, que anda à gosma e a encher o pampulho à custa dos

outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e

diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que

ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe

uma rabanada e foi embora todo esfrancelhado. O

levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a

levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um

mamulhão. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por

ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que era uma água

mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele

não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da

chorrica foi curar do bicho virado e do olhado. O busico

arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.


...e assim se fala em bom madeirense!!!

3 comentários:

João M. R. Alves disse...

ainda bem que não temos esses costumes, ou será que se temse?
Não atramei certas coisas, mas tá bem...lol
Abraços.

AvoGi disse...

adorei o estapilha do comentario . tá mesme muite bom e bonitinhe.Até rezondei o meu maride que tava amadornado na cama. ele ficou com engulhos de tanto rir e rabiçou no catre de verga que minha avó me deu de herdança.

AvoGi disse...

adorei o estapilha do comentario . tá mesme muite bom e bonitinhe.Até rezondei o meu maride que tava amadornado na cama. ele ficou com engulhos de tanto rir e rabiçou no catre de verga que minha avó me deu de herdança.