Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilão quando ouviu uma
zoada. Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha
mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas
com bizalho. Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do
vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O
vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para
lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou
todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma ressonda por ele querer
malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o
vassola, que anda à gosma e a encher o pampulho à custa dos
outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e
diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que
ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe
uma rabanada e foi embora todo esfrancelhado. O
levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a
levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um
mamulhão. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por
ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que era uma água
mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele
não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da
chorrica foi curar do bicho virado e do olhado. O busico
arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.
...e assim se fala em bom madeirense!!!
3 comentários:
ainda bem que não temos esses costumes, ou será que se temse?
Não atramei certas coisas, mas tá bem...lol
Abraços.
adorei o estapilha do comentario . tá mesme muite bom e bonitinhe.Até rezondei o meu maride que tava amadornado na cama. ele ficou com engulhos de tanto rir e rabiçou no catre de verga que minha avó me deu de herdança.
adorei o estapilha do comentario . tá mesme muite bom e bonitinhe.Até rezondei o meu maride que tava amadornado na cama. ele ficou com engulhos de tanto rir e rabiçou no catre de verga que minha avó me deu de herdança.
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