Para além dos problemas evidenciados pelo matutino, é de realçar as medidas propostas pelo mesmo de modo a evitarmos ou diminuirmos a problemática e consequências do aquecimento global.
"Menos água para beber, mais calor e o nível do mar a subir. As alterações climáticas já não fazem parte da ficção científica. São uma realidade
Um estudo da revista Science aponta para uma subida de seis metros do nível da água do mar até ao final do século.
Um estudo da revista Science aponta para uma subida de seis metros do nível da água do mar até ao final do século.
A boa notícia é que os dias de Verão vão aumentar. A má, é que haverá menos água para refrescar o calor, mas muito mais no mar. As alterações climáticas já não fazem parte da ficção científica, nem de um futuro distante reservado aos nossos bisnetos. Elas são uma realidade hoje, que se reflecte agora, e os efeitos irão atenuar-se ao longo deste século. As temperaturas médias aumentaram gradualmente no final do século passado, e as previsões apontam para que continuem a subir entre dois e três graus centígrados nas próximas décadas, enquanto a precipitação deverá decrescer na ordem dos 20 a 30%. Menos chuva e mais calor. O que não significa menos água no mar. Um estudo da revista norte-americana Science, publicado em Março do ano passado, faz uma previsão catastrófica, tendo em conta o aquecimento global do planeta: o nível da água do mar deverá subir seis metros até ao ano 2100. "O aumento do degelo polar está a fazer com que o nível do mar suba, e se a situação se mantiver vai criar muitos problemas", alerta Hélder Spínola, presidente da associação ambientalista Quercus. Problemas que, no melhor cenário, vão obrigar a investimentos de milhões de euros em obras de manutenção e protecção das orlas costeiras, e no pior, vão redesenhar o mapa mundial. Na Região, marinas, portos, unidades hoteleiras e outras construções à beira-mar vão sofrer as consequências dessa subida do mar, e podem até ficar submersas se as piores previsões se concretizarem. "Por isso, é preciso muito planeamento na ocupação do território", avisa o presidente da Quercus."
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