Em
1968 foi estabelecida a relação entre a
Teoria da Deriva dos Continentes, proposta no início do
século XX por
Alfred Wegener, e a
Teoria da Expansão dos fundos oceânicos, numa teoria de síntese denominada
Teoria da Tectónica de Placas.
Segundo esta teoria, a dinâmica do planeta pode ser explicada através do movimento que ocorre em determinadas porções de litosfera, denominadas
placas litosféricas, que, através de mecanismos como a
subducção e a
expansão do fundo oceânico, originam os principais acontecimentos geológicos terrestres.
Com a Teoria da Tectónica de Placas podemos agora explicar a formação das cadeias montanhosas, principal objecto de estudo da tectónica, e explicar o ciclo de vida dos oceanos ou Ciclo de Wilson.
Antes do nascimento de um oceano, ocorre a formação de um rifte intracontinental (ríftíng), como, por exemplo, os sistemas de grandes riites da África Oriental.Durante a fase de juventude deste processo de riftíng origina-se um oceano estreito entre dois continentes, como no caso do mar Vermelho. Na fase adulta, o oceano alastra até atingir larguras consideráveis, como no caso do Atlântico. Na fase de maturidade, o oceano fica bordejado por zonas de subducção, como acontece no Pacífico. Se a velocidade de convergência neste tipo de situação for superior à velocidade de divergência verifica da ao nível da dorsal oceânica, o oceano começa a fechar. Durante a fase de velhice, o oceano está praticamente fechado, como no caso do Mediterrâneo Oriental. Após o fecho do oceano, ocorre finalmente a colisão de continentes, como na maior parte da cadeia alpina entre Gibraltar e Timor.Desta forma, podemos compreender a génese de cadeias situadas, na actualidade, no interior dos continentes, pela abertura e fecho de oceanos. Terminado um ciclo, outro pode iniciar-se, embora obedecendo a uma localização espacial diferente.